Agora, cinco domingos com poesia

Na última Dicta, publicada em junho, escrevi sobre cinco poemas de humor:

Aos sócios da Nova Arcádia, de Bocage
Um jantar de barões: invocação, Anônimo
Sogramigna, de Juó Bananère
A queda de Roma, de W. H. Auden
Motivo, de Marco Catalão

E adianto que, para a próxima, fiz o seguinte: peguei quatro trechos de quatro Bíblias diferentes e um da Oração das Horas. A Bíblia, senhores, inventou o verso livre, e até Walt Whitman já sabia disso. Eu falo “até” porque, Deus do céu, detesto Whitman.

Peço e imploro que publiquem logo na internet os poemas do Lawrence Flores, porque eu o acho 1. o maior poeta vivo da língua; 2. o maior tradutor vivo da língua (vejam sua Antígona, tantas vezes citada aqui, e seu vindouro Hamlet, em que é possível ouvir a melodia do texto original, e todos aqueles trocadilhos insanos são preservados); e 3. francamente, um gênio. Estou medindo bastante bem as minhas palavras e acho isso tudo tão óbvio que admito que já estou até motivado pela vaidade, preocupado com minha imagem futura, querendo que meus 359 netos ouçam na escola que uma das primeiras pessoas a dizer isso de Lawrence Flores foi este que vos escreve.

O livro de poemas do Lawrence virá. Seu Hamlet virá. E um poema do Lawrence já foi discutido aqui, no domingo com poesia.