À moda de Alexandre Soares Silva.
- Sobre esse interessante post de Erico Nogueira (cujo blog está sempre mais interessante), cabe perguntar, sem ter lido os ensaios de T.S. Eliot, se não seria importante fazer uma distinção entre “poesia dramática” e “teatro em versos”. Bruno Tolentino observou que Auden não incluiu o libreto de The Rake’s Progress em seus Collected Poems, mas eu observo que incluiu os textos das peças. Walter Kerr, em How Not to Write a Play, também dizia (se não me engano) que as peças de Eliot mais pareciam “recitais”. Talvez não seja verdade para The Cocktail Party, mas enfim.
- Artigo meu sobre a lei carioca que obriga ao uso de traduções quando se usar palavras estrangeiras em letreiros.
- Post no blog do OrdemLivre.org em que levanto a questão ancestral: se alguém pode dizer-se leninista e continuar sendo gente boa, por que não poderia um hitlerista? É realmente o caso de se perguntar o que diriam do nazismo os comunistas do mundo se o pacto entre a URSS e a Alemanha não tivesse sido rompido.
- Deveras instrutivo esse artigo de Claudio Shikida sobre a razão de o governo querer taxar a poupança.
- Sobre Haneke e valores absolutos: tenho grande interesse pelo tema e penso que não basta crer em “valores absolutos” para que surjam as bases do terrorismo, porque todos nós cremos em valores absolutos. Até a tolerância pode ser alçada ao posto de “valor absoluto” (e ela, que é uma prática, pode ser transformada numa simples abstração). Até agora creio que a melhor tentativa de explicação está nesse ensaio de Roger Scruton, em que fala sobre o “desenraizamento”. Isso é algo identificável em qualquer lugar, até porque o sentimento de repúdio total ao ambiente parece cada vez menos raro. Queria eu escrever mais agora a respeito, mas é impossível.
- E depois disso, nada melhor do que este post do Arranhaponte, de onde tirei o conceito de “acachorramento”, que passei a usar quase todos os dias.