O ímpeto de defesa histérica do Concílio Vaticano II como uma espécie de Festival de Woodstock que rompeu com tudo e criou uma nova realidade morrerá junto com a última pessoa que dele tenha participado. Para nós, que lá não estivemos e que já cansamos de seus piores efeitos, vê-lo perfeitamente integrado à tradição católica (e portanto numa escala histórica milenar), na “hermenêutica da continuidade” de que fala o Papa Bento XVI, será inteiramente natural, e creio que antes de eu morrer uma acusação como “romper com o Concílio” será uma aberração curiosidade histórica de poucas décadas antes.
O “progressismo” na Igreja Católica terá sido um breve episódio de algumas décadas. A imprensa jamais perceberá.