Do meu artigo desta segunda, publicado no OrdemLivre.org:
Não é que o Vaticano ignore os problemas surgidos após o Concílio e a nova liturgia. O Vaticano, porém, preocupa-se com a continuidade, com a interpretação do Concílio “à luz da Tradição” (não da FSSPX), e procura encontrar uma maneira de estar em um mundo que mudou. Afinal, antes de ser um direito, a liberdade de consciência é um fato: mesmo que haja leis contra o ateísmo, não é possível impedir alguém de ser intimamente ateu – exatamente como não é possível para um regime de ateísmo obrigatório abolir a religião. E enquanto a FSSPX parece preferir a fórmula “trono e altar” questionada pelas revoluções americana e francesa, Ratzinger, em conferência de 1996 publicada em seu livro Fé, verdade e tolerância (Raimundo Lúlio, 2007) diz prudentemente que “não existe uma única opção política correta”.
Escrito, aliás, pouco depois de ler um ótimo artigo sobre aquilo que realmente divide a FSSPX e o Vaticano: a questão da liberdade religiosa.
E não custa recomendar de novo o livro Fé, verdade e tolerância, do Papa Bento XVI.
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