Ainda bem que não a tem com freqüência.
Mas um texto de 6 de agosto do New York Times sobre a aquisição do Wall Street Journal por Rubert Murdoch levanta uma questão interessante.
A página de opinião do WSJ sempre foi independente e sempre foi claramente liberal (mas não liberal no sentido americano). Sempre atacou, por exemplo, o governo chinês. Mas Rupert Murdoch sempre soube, digamos, adaptar-se às tiranias. E no contrato de compra do WSJ, os editores incluíram uma cláusula que não permite a Murdoch interferir minimamente na página de opinião, sob o risco de enfrentar um processo.
Então, como é que é? O WSJ agora vai continuar defendendo a liberdade e a propriedade, mas vai processar seu dono se este tentar utilizar o jornal da maneira que bem entender?
Claro que se pode dizer que Murdoch assinou o contrato porque quis. Certamente ninguém o coagiu. Mas é muito estranho ver um liberal incluindo este tipo de cláusula…