Por causa de Reinaldo Azevedo, Pedro Dória resolveu pesquisar a tradução do italiano piaga e foi até o latim. Eu mesmo disse que a palavra é ambígua, mas Pedro Dória, apoiando-se em 1 (hum) exemplo da Bíblia latina, afirma: “é praga!” Um exemplo! Pujança intelectual! Facúndia de meios! Toquem os sinos! Agora só falta perguntar se ele acredita em verdade objetiva.
Fui passear mais no blog de Rodrigo Constantino e me deparei com mais pérolas. Vejam que poético:
Não importa se os sentimentos mudarem, se o amor se esvair, se o que era belo virar motivo de sofrimento ou se uma nova pessoa despertar um novo amor ainda mais forte. Tudo isso deve ser esquecido em nome da fidelidade ao sacramento. Sofra, mas permaneça um fiel. Afinal, o sofrimento não é enaltecido como nobre pelos cristãos? Não é a cruz o símbolo preferido deles? Apenas egoístas colocam a própria felicidade acima disso.
Já pensou na felicidade da outra pessoa, Rodrigo? Já pensou que o matrimônio católico não é uma festa para as pessoas se embebedarem, mas um compromisso assumido diante de Deus e da sociedade? Você rasga um contrato se fica encantado com uma nova possibilidade? Diz a um empreendedor que vá para a praia se ele não estiver a fim de tocar o negócio naquele dia? Acha, do fundo do coração, que o amor não tem nada a ver com o dever, que ele é só uma sensação gostosinha?
Reprimir totalmente instintos tão naturais como o sexo pode fazer a paixão retornar com uma força incontrolável.
Eis o início de um prefácio que ele deve estar escrevendo para uma coletânea de Gilka Machado.
…errar ou mudar fazem parte da vida…
Cuidado, Paulo Coelho! Rodrigo Constantino ainda vai tomar sua coluna no Globo. Até porque ele também escreve pérolas como “nos tempos da Inquisição, onde” – sim, os tempos da Inquisição ficam a duas quadras daqui, isso mesmo.
Constantino repete a acusação de que a Igreja tem pedófilos e deveria se preocupar mais com isso. Bem, a Igreja se preocupa com isso. Ela tem pedófilos, hereges, homossexuais praticantes e não recusaria nem o Rodrigo Constantino como fiel. Mas Rodrigo Constantino, que nem católico é, nem crê em Deus, e não tem sua vida minimamente afetada pelo Papa, tem uma opinião sobre como a Igreja deve ser dirigida. Ele, e o Pedro Dória também. Talvez ele devessem escrever uma carta ao Secretário de Estado do Vaticano.
Enfim. Muitas outras bobagens e mentiras há no blog constantínico – e aproveito para dizer: há muito tempo que criei um filtro para enviar direto para a lixeira estas malditas mensagens quase diárias, de modo que só as fiquei conhecendo há pouco – , e a minha favorita é que Hitler era católico. Deve ter sido por isso que ele fez questão de se casar só no civil, e até cogitou seqüestrar o Papa. Mas é claro que você não deu 1 (hum) exemplo de Hitler declarando-se católico. Vá estudar, Rodrigo.
Uma resposta para “Ainda Dória & Constantino”
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