Vejam o que diz Arnold Kling sobre o sistema universitário americano:
Imagine o que aconteceria em outra indústria, como os supermercados ou os serviços de jardinagem, se, para abrir uma nova empresa você precisasse ser certificado por um conselho composto majoritariamente de entidades que já atuam naquela área. Ninguém gosta da competição, e é fácil pensar em desculpas para não certificar um recém-chegado, ainda mais se for uma empresa iniciante e inovadora. Se tivéssemos um sistema de certificação semelhante em outras indústrias, a competição seria sufocada e as empresas já atuantes não sofreriam qualquer pressão para melhorar o serviço ou reduzir os custos. A criação de um conselho de certificação voltado para o consumidor ajudaria a reduzir essa importante barreira de entrada.
No Brasil, é claro, a situação é pior: quem certifica as instituições não é a “Associação Brasileira de Universidades” é um bando de burocratas que não precisa prestar contas a ninguém.
E, se qualquer um concordaria que as pessoas são diferentes e teriam mais chance de se desenvolver se pudessem encontrar um método educacional mais adaptado a si, por que há tanto apoio a um sistema unificado, imposto uniformemente a milhões de pessoas?
O sinal mais claro de um setor educacional vivo seria o aumento do número de falências entre as instituições. Se houvesse competição e inovação suficientes, veríamos faculdades e universidades crescendo ou fundindo-se da mesma maneira que as empresas comuns. Veríamos escolas fechando porque os pais mandam os filhos para outro lugar. Veríamos muitas demissões em alguns sistemas educacionais, e a criação de empregos em novas empresas de sucesso.