Há petistas no Congresso se mobilizando contra a sentença. Estão se aproveitando da “impunidade” parlamentar para desferir ataques novos ao senador. Bem, cabe a nós o quê? A defesa da lei, não é mesmo? Deixem mensagens de apoio à legalidade e à sentença no seguinte e-mail: euapoioalei@pfl.org.br. Conto com vocês. Comecem agora.
Emir Sader disse que Jorge Bornhausen era racista. No Brasil, racismo é crime. Logo, Sader acusou Bornhausen de cometer um crime. Sader abusou de sua autoridade como professor universitário. Aliás, permitam-me transcrever os melhores momentos do texto de Sader:
Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio – de fascistas e banqueiros – sabe-se que é usual referir-se ao povo dessa maneira – são “negros”, “pobres”, “sujos”, “brutos”, – em suma, desprezíveis para essa casa grande da política brasileira que é a direita – pefelista e tucana -, que se lambuza com a crise atual, quer derrotar a esquerda por 30 anos, sob o apodo de “essa raça”.
Se ele merece processo, por que é que o Sr. não o processou? Porque, como todo esquerdista, só sabe falar, falar, falar e achar que é santo porque se sente indignado.
Considerando a péssima redação do seu texto – quem escreve mal freqüentemente pensa mal – excluo de antemão a hipótese de o Sr. ter sido capaz de antecipar que qualquer juiz, exceto os ativistas mais empedernidos, recusaria o seu processo, porque é bem claro que a declaração de Bornhausen não é racista. O que houve foi que, ao ver um homem da “direita” (direita verdadeira são os liberais; não sei o senador Bornhausen, porque esses liberais do PFL…) usar um pouquinho da antipatia que o Sr. considera, em si e nos seus correligionários, a coisa mais normal do mundo, o Sr. deu curto-circuito e começou a espernear.
Não, senhor Bornhausen, nosso ódio a pessoas abjetas como a sua, não os deixará livre de novo para governar o Brasil como sempre fizeram – roubando, explorando, assassinando trabalhadores. (…)
Saiba que o mesmo ódio que devota ao povo brasileiro e à esquerda, a esquerda e o povo brasileiro devotam à sua pessoa – mesquinha, desprezível, racista.
Como se vê, a violência de Sader supera muitíssimo a do senador Bornhausen, que apenas expressou o desejo de que o adversário político fosse derrotado.
Como sói acontecer em Pindorama, intelectuais – essa raça incorrigível – já fizeram um manifesto. Falam que a condenação vai contra o “direito de livre-expressão”. Pois eu vos digo que no Brasil não existe liberdade de expressão, certamente não como há nos EUA, em que uma decisão da Suprema Corte estabelece que seu limite é a incitação à violência imediata. Por critérios americanos, o Sr. Sader poderia muito bem ficar impune. Cá no Brasil, não: acusou publicamente um senador de crime inafiançável, insinuou que ele rouba, explora e mata trabalhadores e ainda disse que era abjeto, desprezível e mesquinho.
Se houvesse liberdade de expressão à americana, Bornhausen poderia ter ido mais além nas suas palavras. Nada aconteceria com Emir Sader, que poderia até imitar o prestigiado professor de Princeton Peter Singer, se quisesse. Mas aqui é o Estado quem manda, a universidade é púbrica e há que cumprir os tais regulamentos, que se estendem à expressão do professor.
O que não se pode é usar dois pesos e duas medidas: querer ser funcionário público, viver do dinheiro do contribuinte, e ainda considerar-se acima das leis do país, reclamando uma “liberdade de expressão” que o governo mesmo não reconhece. Mas, se pretender-se acima da lei sempre foi um traço da burocracia brasileira, é ainda mais um traço da burocracia esquerdista. E como o país antes de ser ar é chão, é preciso trazer o prof. Sader e todos os sadistas de volta à terra. Por isso eu mesmo espero que ele faça bom uso de suas oito horas semanais varrendo algum lugar.