A exemplo do “companheiro” Evo Morales, que adiou a expropriação de refinarias da Petrobrás para depois das eleições (aliás, se o PT diz gostar tanto da Petrossauro, o mínimo que se esperaria era que procurasse preservar seu patrimônio, que, na linguagem deles, é o “patrimônio do povo brasileiro”), o “companheiro” José Rainha, apesar da empolgação com a recente libertação da cadeia de seu colega Jaime Amorim, admitiu uma trégua nas invasões de terras durante o período eleitoral.
Obviamente, passada a “festa da democracia”, e evitados maiores prejuízos à reeleição do Lula, tudo voltará a ser como antes. Os números são da Agência Estado:
A trégua dada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) nas invasões termina no próximo dia 29, às 5 horas da tarde, quando se encerra a votação para o segundo turno das eleições, disse nesta quarta-feira um dos líderes do movimento José Rainha Júnior. “Vamos sair das trincheiras e retomar as mobilizações.”
Segundo ele, o MST reduziu o ritmo das invasões em todo o País por causa da campanha eleitoral. “Estamos na rua agora, mas é para eleger o Lula.” Ele disse que esse é o seu compromisso como líder dos sem-terra. “Depois da votação, voltamos a pensar na mobilização.”
De janeiro a março deste ano, o MST fez 99 invasões nos 21 Estados em que atua – no ano passado tinham sido 63 no mesmo período. Em abril, houve outras 35 invasões, totalizando 134 em quatro meses, mas em seguida, com o início do período eleitoral, o movimento desacelerou.
Nos quatro meses seguintes, foram apenas 46 ações. O número se manteve baixo em setembro – foram apenas 4 invasões -, e neste mês. Até ontem, tinha sido registrada apenas a ocupação da sede do Incra em Belo Horizonte e de uma fazenda em Roraima.
Francamente, Rainha não tinha com o que se preocupar. Podia continuar invadindo à vontade, que a alteração no resultado eleitoral seria insignificante, dada a total inépcia dos tucanos em atacar os pontos fracos do adversário petista.
Um exemplo evidente é a invasão da Câmara dos Deputados (alguém ainda se lembra?), promivida, com premeditação, por um tal MLST, um movimento patrocinado pelo Governo Federal, e cujos líderes têm vínculos notórios com o PT. Não se ouviu um pio sobre isso durante a campanha eleitoral.
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