Peço perdão pela expressão vulgar, mas essa história de o Alckmin ter ido rastejar pedindo o apoio do PDT só pode ser descrita como um mico. Foi um mico, um papelão, o candidato do PSDB assinar um “compromisso” de não privatizar nada e de defender um piso nacional para o salário dos professores, para tentar conquistar os votos inexistentes de um partido nanico e irrelevante.
Realmente, esses tucanos não merecem o papel que as circunstâncias os levaram a assumir, de representar a única alternativa eleitoral viável ao PT.
A propósito, eu disse abaixo que imaginara que a discussão sobre privatizações tivesse acabado. É que pensei que o governo Fernando Henrique, mesmo com todos os seus defeitos (podem procurar nos arquivos do site: na época eu escrevia à beça e nunca tinha nada de bom para dizer desse governo), ao menos tivesse libertado o país dessa jequice de achar que o que é do Estado é “do povo”, e que o Estado deve ter seu patrimônio preservado.
Pensei que, diante dos resultados na telefonia, na energia elétrica, na mineração, o nível da discussão dos problemas econômicos no país tivesse melhorado um pouco, para assumir como premissa, quando menos, que é preciso reduzir a participação direta do Estado na economia.
Tolo e ingênuo. Eu estava redondamente enganado. Não melhorou nada. Aí está o Presidente, com a cara mais lavada do mundo, dizendo que, se dependesse dele, ainda estaríamos nos tempos da Telessauro.
Daqui a pouco vão voltar as histórias de “investigar” as privatizações, e vão acabar concluindo que, pensando bem, talvez seja melhor dar um jeito de revertê-las, para recuperar o “patrimônio perdido”. Em seguida vão começar a dizer que um pouquinho mais de inflação não faz mal, e assim por diante, até que estejamos de volta aos felizes tempos do Governo Sarney. Aí vai ser a farra dos jecas. E os tucanos não vão ter peito nem para defender o que eles mesmos fizeram de certo.