Irving

Se você me perguntar, sou genericamente pró-Israel.

Mas eu não tenho orgulho de nenhuma amizade. Só estou dizendo que, se o mundo islâmico inteiro resolvesse atacar Israel, eu ficaria do lado deste.

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Não tem nenhum proud friend of Israel que vai pedir para soltar o Irving não?

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Se você acha que eu tenho que começar pedindo desculpas, dizendo que tenho amigos judeus (que de fato tenho) etc etc etc, pode ir embora.

Se você é um filisteu canalha que acha que eu sou anti-semita por me opor à prisão do Irving, pode ir embora.

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Há idéias perigosas? Não há dúvidas. Aliás, a idéia mais perigosa que há é que cabe ao governo reprimir as idéias que alguém julga perigosas. Pode-se reprimir práticas, não idéias.

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A liberdade de expressão garantida por lei existe para proteger as pessoas impopulares.

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Enquanto a Europa discute a prisão de Irving, aqui no Brasil ninguém se atreveu. Onde estão os esquerdistas que espalham aqueles boatos de que nos EUA as pessoas são presas por causa de suas leituras nas bibliotecas? Eis um caso real de crime de pensamento.

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No Brasil, Mein Kampf é proibido. Por que não também O Capital? Em termos de periculosidade, Marx é imbatível. E provavelmente nem o nazismo teria existido sem Marx…

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Gostaria de ver esse pessoal que recolhe livros nazistas fazer como o General Patton: “Já que chegamos até aqui, o negócio é ir adiante!”

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Um editorial não-assinado do Wall Street Journal:

Há muitas razões para lamentar a decisão das autoridades austríacas de julgar, condenar e aprisionar por três anos ou mais o pseudo-historiador inglês David Irving. Não é próprio de democracias liberais criminalizar discursos, exceto os discursos que incitam à violência. Proibições de tipos específicos de discurso, como a negação do Holocausto, tendem a convidar a mais proibições e arriscam transformar o conceito de liberdade de expressão em nonsense. Aprisionar as pessoas apenas por seus pensamentos acaba transformando pessoas arrogantes em “mártires”. E enquanto o governo dinamarquês sofre um ataque sem precedentes por recusar-se a interferir nas decisões editoriais de um jornal privado, parece perverso oferecer aos provocadores muçulmanos um exemplo de um país europeu que atende a um conjunto de sensibilidades mas não a outro.

Mas isto é o que há de menos. Ao colocar David Irving na cadeia, a Áustria obrigou as pessoas sérias a defender, por uma questão de princípios, um homem detestável.

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