Brokeback Mountain

Movido por uma boa relação de anos com o diretor Ang Lee, e curioso para saber como seria o filme que ganha tantos prêmios, fui ver Brokeback Mountain. Decepção imensa. Tire o homossexualismo do filme e não sobra nada. Tente trocar o sexo de um dos protagonistas gays: você verá que ao menos algum deles teria um dilema por ser casado e ter filhos. Mas, talvez sugerindo que o homossexualismo embote a consciência moral – já São Paulo, na Epístola aos Romanos, sugere que o embotamento da consciência é que causa o homossexualismo – , nem o roteirista e nem o diretor mostram que o adultério é um problema para os personagens. Talvez eles queiram dar às esposas e aos filhos o slogan do filme: “sabe o que é, o amor é uma força da natureza”. Basta colocar esta frase numa discussão imaginária entre um caubói gay e sua esposa para ver o quanto ela soa como uma desculpa esfarrapada. Em filmes de adultério heterossexual, também surge freqüentemente a questão da resistência à paixão em nome do compromisso assumido. Creio que esta resistência é uma verdadeira prova de virilidade, e o fato de nenhum dos personagens cogitá-la só acaba sugerindo que o homossexualismo não é mesmo uma coisa muito viril. O que Ang Lee fez foi um filme de Lasse Hälstrom, um filme em que coisas repulsivas são mostradas como se fossem lindas: primeiro, você pode ser adúltero, desde que também seja gay. E, segundo, um monte de cenas de machos se beijando, que só hão de agradar a quem jogar naquele time.

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