Vi isto no blog do Ruy Goiaba e quis entrar na brincadeira. Depois lembrei que o cão tinha que cair, mas fiquei com preguiça de reescrever tudo. Isto cá são poemas, também; não há a obrigação da narrativa…
Camões
Mijava o cão perneta lusitano
ao poste tão de perto recostado,
e seu mijo tão longe era esguichado
que caía nos feros muçulmanos.
Fernando Pessoa
A gente crê que eu sei do cão que mija.
Só sei da sua perna, que lhe falta.
A perna inexistente é que é mais rija,
melhor que a nossa, o sonho de uma flauta.
Casimiro de Abreu meets Tennyson
E após muitos verões morre o cãozinho,
tão perneta, mas tão pequenininho.
Quando urinava o cão naquele poste
dizia minha mãe: “ah, tem quem goste!”