Ontem eu pensava sobre como, na infância, eu imaginava o menino Jesus, e sobre como a imagem do presépio parece despertar um verdadeiro sentimento de piedade nas pessoas. Mesmo aqueles que não são cristãos abrandam a alma e desejam, nesta época do ano, ser pessoas melhores do que no resto do ano. A imagem do presépio e a lembrança do nascimento do menino Jesus parecem catalisar este sentimento na alma de todos.
Um abrandamento da alma e um doce curvar-se diante de Deus são condições fundamentais para a apreensão da verdade. Se o Cristo que nasce é o Logos divino, o Intelecto Agente divino encarnado, devemos também preparar o nosso intelecto paciente para recebê-lo. Só quando nos preparamos para aceitá-Lo é que podemos repousar, como a alma de Santo Agostinho.
Eu poderia ficar aqui reclamando de como o mundo está em crise etc. Mas não pude deixar de me maravilhar ao perceber a analogia entre o sentimento despertado pela visão do presépio, do menino Jesus, e o estado de alma necessário para que a Palavra Encarnada de Deus não seja jogada em solo duro, mas em solo fértil, e germine.
Faço votos de que, neste Natal, a inspiração trazida pelo nascimento do menino Jesus transforme mais um pouco a alma de cada um, preparando-a para receber a Verdade – que é o que o mundo precisa, e não de paz, como tantos pensam.
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